terça-feira, 1 de outubro de 2019

PERNAMBUCO FICA DE FORA DO PROGRAMA DAS ESCOLAS CÍVICO-MILITARES.

No projeto, militares irão atuar como monitores, supervisores escolares e psicopedagogos, além de desempenhar funções administrativas.

Pernambuco ficou de fora do modelo de escolas cívico-militares do governo federal. De todo o Nordeste, apenas o Ceará aderiu, segundo o balanço divulgado nesta terça-feira (1/10) pelo Ministério da Educação (MEC). Em todo o Brasil, quinze estados e o Distrito Federal demonstraram interesse.

Já as regiões Centro-Oeste, Sul e Norte tiveram adesão de todos os estados. No Sudeste, apenas Minas Gerais. Segundo o ministro da Educação, Abrahan Weintraub, a adesão "foi muito boa. Estamos animados e vamos começar o projeto". Ele lembra que essa á uma das bandeiras presentes no programa de governo do presidente Jair Bolsonaro. "Agora está sendo implementado".

O modelo chegará, em 2020, a 54 escolas. O objetivo é selecionar duas instituições de ensino em cada estado. Entre os dias 4 e 11 de outubro, as prefeituras deverão solicitar participação. Podem solicitar a participação, inclusive os municípios em estados que não aderiram ao programa.

"A gente que colocar as primeiras escolas onde todo muno está de acordo. A gente quer que o caso seja um sucesso muito grande. Então, o ideal é começar pelos estados que querem e pelos municípios que os prefeitos também querem", diz Weintraub.

Aderiram ao programa as seguintes unidades da Federação: Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Ceará, Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

O MEC vai liberar R$ 54 milhões para o programa em 2020, sendo R$ 1 milhão por escola. Segundo Weintraub, o orçamento está garantido. "No ano que vem a situação do orçamento começa a ficar mais normalizada. A gente pegou o país quebrado. O orçamento do ano que vem já é o orçamento que a gente faz. Está apertado, está difícil, mas sem surpresa negativa, sem inconsistências". 

O dinheiro será investido no pagamento de pessoal em algumas instituições e na melhoria de infraestruturas, compra de material escolar e reformas, entre outras intervenções.

As escolas em que haverá pagamento de pessoal são as que fizerem parceria com o MEC e o Ministério da Defesa, que contratará militares da reserva das Forças Armadas para trabalhar nos estabelecimentos. A duração mínima do serviço é de dois anos, prorrogável por até dez anos, podendo ser cancelado a qualquer tempo. Os profissionais vão receber 30% da remuneração que recebiam antes de aposentar.

Os estados poderão ainda destinar policiais e bombeiros militares para apoiar a administração das escolas. Nesse caso, o MEC repassará a verba ao governo, que, em contrapartida, investirá na infraestrutura das unidade, com materiais escolares e pequenas reformas.

Os militares irão atuar como monitores, acompanhados os alunos e fazendo contato com as famílias. Exercerão atividades como supervisão escolar e psicopedagogia, preservando, as atribuições exclusivas dos docentes. Atuarão também no fortalecimento de valores éticos e morais e exercerão ainda funções administrativas para aprimorar a infraestrutura das escolas e a organização escolar.

Para participar da seleção, os colégios públicos devem ter de 500 a mil alunos do 6° a 9° ano do ensino fundamental ou do ensino médio. Terão preferência as escolas com estudantes em situação de vulnerabilidade social e com índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), indicador que mede a qualidade das escolas, abaixo da média dos estados. Além disso, a comunidade escolar precisa aprovar o modelo. O MEC disponibilizou o passo a passo para a realização da consulta à comunidade. A orientação está disponível na internet.
Fonte: NE10. 

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