sexta-feira, 5 de novembro de 2021

CRÔNICA DE MÁRIO SANTOS


PONTO, VÍRGULA E RETICÊNCIAS

Quando
Quando eu quis tapar o sol com a peneira...
Tornei-me mais amigo das borboletas. Senti o perfume de Deus, vindo dos lírios dos campos. Mergulhei no vento, dormi com os pássaros nos galhos do Ipê.
Quando eu quis tapar o sol com a peneira...
Fui mais amigo da lua e das estrelas. Aprendi mais de Deus olhando o entardecer, onde meus pensamentos saíram a galope, desfilando imponentes no dourado crepúsculo.
Quando eu quis tapar o sol com a peneira...
A cigarra preparou-me um belo quarto, no tronco da árvore mais pacata de toda a floresta. E o menestrel Uirapuru, entoou melodias angelicais, fazendo-me pegar o sol com a peneira.

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