segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

FIFA PODE MUDAR O FUTURO DO FUTEBOL MUNDIAL EM 2019.

O ano de 2019 pode entrar para a história como o que mudou para sempre o futebol mundial. A partir das próximas semanas, a FIFA, clubes, patrocinadores e federações, um batalhão de lobistas, advogados e investidores multibilionários tomarão decisões que determinarão o futuro da modalidade e, para observadores, a organização do futebol como se conhece hoje pode desaparecer para sempre. Para o atual presidente da Fifa, Gianni Infantino, há algo mais em jogo que a estrutura do futebol mundial: sua própria reeleição.

No centro do debate está a proposta de vender a Copa do Mundo para investidores privados, liderados por um consórcio obscuro que propôs um retorno para os dirigentes de US$ 25 bilhões (aproximadamente R$ 93 bilhões), cinco vez a receita atual do mundial. O plano prevê abrir o monopólio hoje mantido pela Fifa para abrir a copa para fundos de investimentos, com 50% das ações nas mãos de bancos e outras entidades. A suspeita é de que o projeto conte, acima de tudo, com recursos do fundo soberana saudita. Apenas em 2018, Infantino se reuniu três vezes com a realeza do país árabe. 

Diante da resistência de dirigentes europeus à possibilidade de um controle saudita no futebol, Infantino foi obrigado a dar garantias de que o dinheiro não viria do fundo de Riad e adiou o debate sobre sua aprovação.

Ainda assim, cartolas mantêm a suspeita de que as várias camadas de investidores apresentados estejam servindo para camuflar a verdadeira origem dos recursos sauditas. A decisão ocorre em um momento em que o príncipe heerdeiro saudita, Mohamed Bin Salman, tem sua imagem no exterior duramente afetada por conta da morte de um jornalista crítico do regime.

Além da copa do mundo, o pacote marcado pela pouca transparência incluiria a criação de um Mundial de Clube a cada quatro anos, substituindo ao atual modelo falido do torneio no fila de cada ano e substituindo a Copa das Confederações.

Fontes na Uefa confirmaram ao Estado que existe uma coincidência de interesses: clubes se recusam a aceitar o projeto de um mundial a cada quatro anos, sem uma clara garantia financeira. Já a Uefa vê a aliança com os clubes como uma manobra para derrubar projetos de Infantino e, assim, o enfraquecer.
Fonte: NE10/Blog do Adielson Galvão. 

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