O prefeito do Recife, João Campos (PSB), se mostrou aberto a dialogar com a nova federação formada por PP e União Brasil, chagando a elogiar o presidente estadual da federação, o deputado federal Eduardo da Fonte (PP), aliado da governadora Raquel Lyra (PSD).
Em declarações à imprensa nesta segunda-feira (5), João destacou que acompanhará a dinâmica da federação União Progressista, mas afirmou confiança na "relação construída na política", e espera que a decisão para 2026, seja "a melhor possível".
"A dinâmica das federações ainda são muito novas, acho que todo mundo ainda está aprendendo a lidar. Na prática, é uma coligação no Brasil inteiro, em todos os municípios, ara toas as eleições, enquanto ela tiver vigente", analisou.
"Lógico que vai ter uma dinâmica muito grande de funcionamento, principalmente na Câmara e no Senado. Mas como disse, vamos acompanhar como é o funcionamento, tenho confiança nessa relação que é construída na política, e que no momento de 2026, a decisão eu espero que seja a melhor possível", complementou.
O prefeito do Recife teceu elogios a Eduardo da Fonte, apesar do alinhamento do deputado e líder do PP com a governadora Raquel Lyra. João destacou a capacidade de Eduardo em mobilizar e formar grupo político.
"Acho que Eduardo é uma pessoa de muitas virtudes, de respeito à política, de trabalho, dedicação. Então não é porque a pessoa não lhe apoia, que você deixa de reconhecer virtudes dele", elogiou.
"Você olha a capacidade que ele tem de mobilização, de formar bancada, de ter prefeitos, isso é algo importante que tem que ser respeitado. Não é porque ele não me apoia em Recife que eu deixo de reconhecer o trabalho e a força que ele tem", complementou.
As declarações marcam novo aceno de João ao PP. Na eleição suplementar de Goiana, disputada no último domingo (4/5) João e o PSB apoiaram a candidatura de Marcílio Régio (PP), que terminou vencedor do pleito.
"A uma construção simbólica, com uma frente política ampla, com vários partidos e matrizes ideológicas diferentes. Aprendi desde cedo que a boa política é construída em frente, ampla, lá aconteceu isso. No Recife, o partido dele não faz parte da nossa base, mas isso não me impede de apoiá-lo. Política se faz com maturidade, não com o fígado", afirmou.
A federação, hoje comandada pelo PP em Pernambuco, tem divisão interna nos apoios em Pernambuco. Enquanto o PP caminha ao lado de Raquel Lyra na gestão estadual, o União Brasil tem divisão entre a governadora e João Campos.
Na última quinta-feira (1/5), o PSB de João perdeu o prefeito de Água Preta, Miruca, para a federação União Progressista, no primeiro movimento político da nova federação em Pernambuco.
"Miruca chega para somar e já conta com todo o apoio da Federação. Esse é o início de um movimento de fortalecimento e crescimento que, com certeza, fará história em Pernambuco e no Brasil", afirmou, em nota, Eduardo da Fonte.
O presidente estadual do União Brasil, Miguel Coelho, assim como o grupo político de sua família que conta com o deputado federal Fernando Filho e o deputado estadual Antonio Coelho, tem alinhamento com o prefeito do Recife.
No entanto, outra ala do partido, capitaneada pelo deputado federal Mendonça Filho está na linha de frente de Raquel Lyra, na figura da deputada estadual Socorro Pimentel, líder do governo na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe).
João Destacou a boa relação com a família Coelho e não negou expectativa para que cheguem ao comando da federação.
"Vocês sabem da minha boa relação com Miguel, Fernando Filho, Antonio, tenho muito respeito pelo trabalho deles, uma relação muito boa que a gente tem construído, que eu vi meu pai construir com Fernando. Claro que nutro uma expectativa de que eles possam ter o comando do partido ou da federação", disse.
No entanto, João enfatizou que as decisões são de responsabilidade da federação e que é muito cedo", ressaltando que a federação ainda não tem regimento aprovado.
"Agora sobre como vai ser essa decisão, quem vai ter que falar é a federação, não eu. Acredito que é muito cedo, até porque, pelo que se diz, as regras, o regimento, ainda não está aprovado, comentou.
Fonte: Jornal do Commercio.
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