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quarta-feira, 30 de abril de 2025

CRÔNICA ESPORTIVA # 222


QUANTAS INTERROGAÇÕES
Eis um verdadeiro latifundiário esportivo! O que parecia um cafezinho, da revista Tico-tico, ou uma dor-de-cotovelo em fase experimental, transformou-se em uma conversa com o quase-senhor Medeiros. Não há pretexto para se tomar um copo d'água em nossa cidade, que não seja para dar a eloquência pré-histórica, a divindade do nosso futebol. Futebol do crânio, da alma assassinada, em um domingo em que os cavalos passam a reger a bola. Nem César Augustus dominaria o sangue de um quase-Medeiros, que nada mais é que um defunto no estádio Severiano Gomes.
Até o próximo gol!!!

terça-feira, 29 de abril de 2025

CRÔNICA DE MÁRIO SANTOS. #257

O TEMPO PASSOU
Que água tão boa, e a água era do barreiro.
Uma vez, minha mãe me disse: "Meu filho, a vida só é boa, porque tudo passa, tudo se acaba." E só agora eu entendi.
Quando sinto saudades dos meus avós, vou à casa velha onde eles moraram. Ali, só os rouxinóis e os morcegos sabem a dor da solidão. O café feito no fogão de lenha, nas noites de lua com o céu estrelado. Quanta falta faz a comida simples de minha mãe.
Na sexta-feira, no banco de quebra-queixo, doces e uma boa caneca d'água.
Uma vez fomos para o rio da chata, pegamos um molho de peixe... Que almoço inesquecível, que tarde linda.
Na escola Manoel Justino (Sítio Gavião), não tinha merenda... nós íamos para os pés de imbu.
Certa vez, fui para Cachoeirinha e lá tomamos caldo de cana com pão doce, que vendedor simpático.
A escola Manoel Moreira da Costa, às vezes, dava-me medo, mas quem não queria estar naquele recinto escolar?
Meu pai falava-me de tudo, menos do bicho-papão e do Saci Pererê. Naquele tempo, a vida era tão boa que não tínhamos bicho nenhum. Quando tive meu primeiro par de sapatos da marca Conga, eu já tinha quase 12 anos... aquilo foi um sonho, e o que Mariazinha ia achar dos meus pés calçados?
Chiclete, algodão-doce e pirulitos... meu Deus! Só em sonhos.
A minha casa era pintada na cor rosa, e meus pais viviam orgulhosos daquela tão linda cor. As cortinas da sala eram marrons, e o rádio da marca "ABC-Voz de Ouro" ficava sempre ligado na rádio Difusora de Caruaru no programa "Correio Nordestino" com Ivan Bulhões.
E o tempo passou... mas, não para mim... e Deus sabe!
Se é que vocês me entendem!!!

sexta-feira, 25 de abril de 2025

CRÔNICA ESPORTIVA. #221


POSSIBILIDADES
O drible de Pelé no goleiro uruguaio, na Copa de 1970, marcou o ascensão da impossibilidade possível dentro das quatro linha do campo de futebol.
Pois bem, não seria nada assustador se víssemos, numa página de jornal, a seguinte manchete: "Cavalo escala time da cidade; e o pato, de nome medeiros, será o nosso centroavante!". Alguns, possuídos pela ingenuidade humana, talvez dessem gargalhadas: "São dentes postiços!" - gritaria o auxiliar técnico, Ovelha.
O drible no estádio Severiano Gomes também tem suas confissões explícitas - tal qual o punhal que assassinou Júlio César! 
Até o próximo gol!!!


CRÔNICA DE MÁRIO SANTOS. #256

NA FEIRA.
Na feira livre um amigo me abraçava. Outro amigo dava-me a mão. As conversas eram longas.
Pastel com caldo de cana, bolinhos do goma, comer quebra-queixo na barraquinha e tomar água fresquinha no pote que ficava em cima do banco.
A mulher das verduras fazia promoção de alhos e cebolas.
O mendigo tinha no rosto um olhar de esperança.
As crianças faziam festa com o algodão-doce.
Em cada banco da feira livre, havia pessoas dando risadas... compadres e comadres falando do roçado, da chuva, dos afilhados.
Feira livre de Ibirajuba: lugar de encontros...
Onde os poetas e os trabalhadores contavam a nossa história em forma de saudade. 
Se é que vocês me entendem!!!

quinta-feira, 24 de abril de 2025

CRÔNICA DE MÁRIO SANTOS. #255

GRANDE NOTÍCIA
Essa grande notícia não vem da Prefeitura, nem do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, nem da igreja matriz. Não!
Essa Formidável notícia vem do campo e do mato. E a grande notícia é essa: Meu primo Garibaldi e eu, hoje, formo a uma pescaria no rio da Chata. No meio do caminho, nos galhos de uma baraúna, lá estava o ninho de um João-de-Barro. Essa ave, por aqui, é muito escassa e seu ninho é uma verdadeira obra de arte, com uma só entrada que, ao mesmo tempo, também é a única saída.
O João-de-Barro é uma ave muito discreta e, também, não é tão bela. Agora confesso: no mundo dos pedreiros, é um dos mais sábios e inteligentes: 
Já o seu canto, visto - ou melhor ouvido - de longe, lembra o da Casaca-de-Couro.
Meu primo Garibaldi ficou muito feliz com a nossa descoberta, o ninho de João-de-Barro.
Sim! E a pescaria que falei no início?
Perdeu todo o seu brilho depois da grande descoberta do ninho do João-de -Barro!
Acredito que essa notícia, amanhã deveria estampar as páginas de todos os jornais.
Se é que vocês me entendem!!!

quarta-feira, 23 de abril de 2025

CRÔNICA ESPORTIVA. #220


DEPOIS
A temporada do peixe foi embora.
Pobre bola, sem o futebol... vive seus dias de jejum.
É uma agressão física e moral aos desejos da metafísica e da religião dos amantes depravados do jogo no estádio Severiano Gomes.
Ainda que os jornais publicassem: "Um crime aconteceu em plena praça pública", mesmo assim ia ter futebol.
Daríamos gargalhadas acompanhadas de palavrões santificados.
Não há sangue inocente sem as chuteiras dos artilheiros maquiavélicos! 


terça-feira, 22 de abril de 2025

CRÔNICA DE MÁRIO SANTOS. #254

QUE SAUDADE
Baladeira no pescoço, os pés no chão e muito tempo para ouvir os passarinhos. Fui menino Livre! 
Enquanto as páginas de todos os jornais e revistas publicavam o suicídio de Getúlio Vargas, eu corria atrás das borboletas.
O mundo era mundo. Hoje, o mundo parece mais uma sala de cirurgia... ou um grande convento, de filosofias pressas aos papéis.
Antigamente, se entrava no barreiro enfiando os pés na lama... bebia-se a água.
Não existia medo... todos os meninos corriam no clarão da lua... que bicho ligeiro era o bacurau e a mãe da noite.
A novela era um privilégio para os nobres... na luz do candeeiro, desenhava palácios... e os besouros eram imperadores e reis.
Na sexta-feira, rosário de coco e bolinho de goma. As bolinhas de gude e os adesivos do meu Santa Cruz ficavam para outro dia.
Já em casa, no sítio Gavião... tomar banho no rio da Chata, comer peixe assado na brasa... e na escola, contar que tinha um tubarão-martelo preso no anzol.
De manhã, antes do sol brilhar nas telhas, correr para o curral, e ouvir minha mãe querida dizer: "Isso é hora menino?"
E tudo isso está vivo em mim.
Se é que vocês me entendem!!!

terça-feira, 15 de abril de 2025

CRÔNICA DE MARIO SANTOS. "253"

VERÃO
Os passarinhos, toma banho nas águas, das poças da estrada. 
Verão das noites de luz, onde líamos o "Pavão Misterioso" nas Literaturas de Cordel.
Os meninos, cortavam a madeira do pé de Burra Leiteira para fazer visgos de pegar passarinhos.
Água fria do pote, acendia um cigarro, olhava o sol quente, tudo quieto.
Às vacas descansavam na sombra do juazeiro, no terreiro o cachorro fugia do calor.
Sem chuva e sem lama, dia bom para pescaria, bom para tirar mel das abelhas.
Meu avô, todo verão fazia doce de facheiro com rapadura, "doce apurado" dizia ele.
Verão, dos longos e tristes.
Verão, das histórias de trancoso, que minha vó contava, e eu jurava que era verdade.
Quisera eu, ter outros verões, nem que fosse nas histórias de trancoso.
Se é que vocês me entendem!!! 


domingo, 13 de abril de 2025

CRÔNICA DE MÁRIO SANTOS. # 252

NO SEU ESTILO
Flores nas calçadas, 3 padarias e mais da metade dos gatos do mundo, que agora escrevem roteiros de filmes de bang-bang, e vez por outra, desfilam nas páginas dos gibis.
Amigos: O bairro do Mutirão, agora, têm status de um Martín Luter King. 
A nossa posologia ou modo de usar, é algo de utilidade pública. Se um dia, Ibirajuba quiser reescrever sua liturgia da metafísica, o bairro do Mutirão, será uma poesia eclesiástica.
Se é que vocês me entendem!!!

sábado, 12 de abril de 2025

CRÔNICA ESPORTIVA. #219


SAUDADE
Um sábado sem futebol. 
Na janela da casa velha, meu coração de bola, chora a saudade do meu pai. O velho sempre me disse: "Mário, deixa de tolice, a vida é um gol; às vezes faz rir, às vezes faz chorar". 
Meu velho pai, não esqueça, o sítio gavião, é uma eterna partida de futebol.
Chuteira que o tempo parou, é o meu coração sem você meu pai. Driblei o tempo, mas o sonho acabou. Sem meu pai os jogos do Santa Cruz no rádio é uma tristeza presente, que os 45 minutos finais, nunca acabou... 


sexta-feira, 11 de abril de 2025

CRÔNICA ESPORTIVA. # 218


INSANIDADE
O Medeiros me falou que os jacarés do açude estão fazendo a escalação de todos os times que jogaram no estádio Severiano Gomes. Não são os jacarés, são os sábios da crônicas de Nárnia.
Chegamos ao ponto, em que às filosofias dos jacarés do açude, podem concorrer ao Oscar.
Há uma verdadeira pornografia, explícita no futebol brasileiro, agora, quem conhece a bola durante o jogo, é um Bismarck ou um rei das Arábias.

  




quinta-feira, 10 de abril de 2025

CRÔNICA ESPORTIVA. # 217


SÁTIRA FUTEBOLISTICA DE QUINTA
Vi, São Simeão, exposto ao sol e ao vento, só para Santo Isidro escalar seu time errado. Sem nenhum pecado, São Francisco de Assis fez previsões de um pênalti no finalzinho do jogo. Foi quando, o estádio Severiano Gomes, vestiu paletó e gravata e foi a praça pública, defender a Crônica Chutando a Bola.
Eis ai o futebol santificado.


quarta-feira, 9 de abril de 2025

CRÔNICA DE MÁRIO SANTOS. #251

TRAUMAS
Sítio Gavião, onde vi pela primeira vez um homem morto... Foi numa noite sem fim.
Todos os bichos do mato eram fantasmas.
Vi minha querida mãe ficar muito doente... e a tristeza escravizou minha alegria de menino.
Meu pai me falou que aquilo não era nada, mas ele chorou.
Caderno, lápis e borracha... a escola ficava muito longe, mais não importava... as borboletas me faziam companhia.
Se é que vocês me entendem!!!

terça-feira, 8 de abril de 2025

CRÔNICA ESPORTIVA. #216


EXAGERADO

Imagine a cidade tomada por uma matilha de cães... e os torcedores, de boca aberta, se rasgando de emoções marxistas! Só a bola e as chuteiras podem assistir ao domingo... e ainda serem mais desejadas do que as pernas de Marilyn Monroe. É um crime à queima-roupa... essa sede de sangue de grama, de futebol adúltero ou imaculado.
Que hajam cafajestes, que cheguem a parar até sepultamentos... só para fazer honrarias ao estádio Severiano Gomes. Sem o futebol, a burrice morre nas águas do açude. Talvez um elefante fuja da manada e faça suas profecias pela bola.
Eu vos digo: quando os bêbados pedem futebol, homem nenhum da Terra - ou fora dela - pode contrariar as catacumbas dos desejos chaplinianos. 


segunda-feira, 7 de abril de 2025

CRÔNICA ESPORTIVA. #215


LAMENTO

A cidade sem futebol, é um abismo fúnebre. A cabeça do torcedor ibirajubense, parece que têm uma gigante da pré-história em uma cumplicidade total com a solidão. A bola, vive mais um domingo de Alfred Hitchcock, tamanha depresão coletiva. O calendário, vendo o estádio Severiano Gomes sem jogo, faz o domingo gemer numa poça de sangue. E os quadrúpedes, ainda não escovaram nem os dentes para relincharem num domingo, assassinado pelo o antagônicos da santidade esportiva. 


sexta-feira, 4 de abril de 2025

CRÔNICA ESPORTIVA #215



NA FEIRA LIVRE

Tomate; Cebola; um pastel com café? Não.
Depois de renovar o meu plano funerário, volto outra vez, para a feira-livre convicto que, agora alguém vai gritar: "Amanhã, teremos futebol". Mas encontro o padeiro que fala pra mim: "Nem só de futebol vive o homem Mário Santos!" Penso comigo: Acho que esse padeiro, deveria ser culpado pela à greve, dos pães dormido ou pela a invasão Russa na Croácia, ai sim, ele mesmo berraria longe da padaria, no meio da feira livre: "O futebol é o pão nosso de cada dia".
Vai um cafezinho Mário Santos? Agora sim.


terça-feira, 1 de abril de 2025

CRÔNICA ESPORTIVA #214


BOLA PARADA

Às multidões, quem um dia aclamaram Marylin Monroe como uma semideusa, agora vivem perguntando ao leiteiro:: Quando teremos futebol? E diante de um silêncio implacável, o Estádio Severiano Gomes fica mascando chiclete e tomando suco de pedras. Por mais que as festas populares, possam sangra nossa alma de bola, haverá sempre, um pobre jacaré na beira do açude, aos berros proclamando a legítima defesa de um gol. Às máscaras caem, mas às chuteiras viverão para além dos eucaliptos; e a torcida ibirajubense, irá engolir o sol, no reino dos jornais e revistas, do mais simples lambedor de rapadura.





segunda-feira, 31 de março de 2025

CRÔNICA ESPORTIVA # 213


GRANDE NENÉU
Peço-vos perdão! Mas, agora falo sem papas na língua. Tiradentes, barbudo e morrendo enforcado, para nós, não passa de reles história. E o Estádio Severiano Gomes, sem Nenéu? Isso sim, é que é, um pretexto do destino para que tenhamos um "mártir" em nosso futebol. Nenéu, tá entre os poucos que, viverão eternamente, no sangue das chuteiras e na alma do torcedor.
Não seremos jamais, com alguns Pilatos, que acham que a mortem nos separa dos deveres com o futebol da cidade. Nenéu foi para nós maior que algumas fantasias, dos livros de histórias. Sua morte, deveria expor opiniões mastigáveis, por qualquer boca.




sábado, 29 de março de 2025

CRÔNICA ESPORTIVA # 212


EVIDENTEMENTE

Um domingo sem futebol, nunca encheu a barriga de ninguém, na verdade, esse dia passa a ser um jejum tediante. 
A bola é comida fresquinha para às chuteiras, e, chuteiras alimentadas, nada mais é que a alma dos atletas pecando na gula pelo o futebol.
Às nossa fantasias esportivas pelo o gol é um prato cheio, de evidências Shakespeariana.




sexta-feira, 28 de março de 2025

CRÔNICA ESPORTIVA #211

CÚPLICES

Antigamente, quando não se tinha futebol... havia um silêncio obscuro; não se dava um piu. A bola e jogadores... cortavam o caminho, só para não dar um modesto bom dia ao torcedor. Havia, uma ascensão da cumplicidade muda! Éramos defuntos do pós-jogo, Mas, o velho cronista do sítio Gavião... deu boca e voz ao futebol da cidade. E às páginas esportivas, nunca mais se encurvavam... nem ao silêncio fúnebre, nem aos calos secos dos pés de Angelina Jolie. 
Hoje, até os vira-latas... vivem, canonizados pelo futebol da cidade.
E botamos o pensamento... para todo o sempre, longe da bola.





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