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terça-feira, 6 de junho de 2023

CRÔNICA DE MÁRIO SANTOS

INTELECTUALISMO.

Ao pé da letra, digo-vos; hoje eu me sinto um bagaço de laranja, por mais espremido que eu fosse não sairia um pingo, uma só letra. Confesso, a maior frustração de um homem está muitas vezes dentro de sua própria casa. Longe do cigarro do álcool, obriga-o a lê os poemas intermináveis de Luís de Camões.
Um intelectual me abordou hoje com a seguinte pergunta: "Vocês querem mudar o mundo?" Fiquei em silêncio. Ele disse mais: "O sistema é podre, vocês são podre!" Nas minhas contas ele já estava no quinto cigarro, acendeu mais um. 
Venci minha falta de palavras, perguntei-lhe. "Entendes o quê, sobre mudar o mundo?" Ele me respondeu na bucha. "Nada só não acredito em ninguém!"
Os intelectuais na maioria deles se acham a cara do império romano. E vos digo, não são, e nunca serão, muitas vezes não passam de cãozinhos amestrados com diplomas manchados pela a hierarquia viciante do poder.
Abutres famintos, que tenta nos sucumbir na lama, que eles trazem escondidos por trás dos próprios dentes.
"Se é que vocês me entendem". 


segunda-feira, 5 de junho de 2023

CRÔNICA DE MÁRIO SANTOS

MINHAS MEMÓRIAS

O circo chegou! A meninada gritando: "Hoje têm espetáculo? Têm sim senhor!
Mamãe vou cortar o cabelo lá em Zé Gangarra, os sapatos vou engraxar e seu Demar ou em Pedro de Zé Chico.
Que dia tão bonito! O banho no poço vou tomar.
Na sede vai ter seresta, perfumes Topázio e Charisma, quantos amores roubados na vida?
A banda de pífanos de Seu Severinho adoçava o algodão doce e o refresco na porta do bar.
Na pracinha, os casais enamorados, e a saudade do meu primeiro amor.
Quem não for ver o circo vai brincar de 31 alerta e de polícia e ladrão. 
A vida só começava na escola Manoel Moreira da Costa, soletrando ano à ano, e fazendo do zero ao 10, até chegar nos gibis e no livro Caminho Suave.
Notícia de morte, papa-figo e mula sem cabeça, era uma noite de medo.
1, 2... menino marcha direito, o 7 de setembro merece respeito. sapatos Conga, calção azul e camisa branca, rua acima rua abaixo, depois um refrigerante com bolacha e o sorteio de um garrote. 
Na volta pra casa, popoca e pirulitos, a felicidade era completa e tudo na vida tinha graça.
Se é que vocês me entendem...


CRÔNICA ESPORTIVA.


VOZES
Que me perdoem a falta de modéstia, mas o Escrete do Povo para ser importante, não precisa de grandes ou pequenas declarações de amores, basta apenas que num domingo à tarde, Mário Santos, Clemildo Galdino e Duda Sobral usem o microfone esportivo para que os ibirajubenses se rendam a santa dor de cotovelo pelo o futebol no estádio Severiano Gomes. Pois bem, todos os nossos jogadores, que fazem a bola balançar às redes, apelam para à Trindade canonizada (Escrete do Povo), dá-lhes a ênfase das glórias eternas. Até aquele menino, que fica sentado no meio fio esperando o carrinho de algodão doce clama e implora, pela à volta do Escrete do Povo. Não há em toda história de Ibirajuba, entre vivos e mortos, umas vozes, mais frenéticas e santificadas do que às vozes do Escrete do Povo. Amigos, a torcida ibirajubense, tá com a faca e o queijo das transmissões esportivas, O estádio Severiano Gomes já deu às chuteiras, até a hóstia sagrada da ressurreição do futebol. Os jornais de amanhã, podem fazer dos do 3 rapazes da Crônica esportiva da cidade, os 3 reis do oriente, que anunciaram a chegada do menino Jesus. Se um dia, alguém fizer o futebol, deixando o Escrete do Povo de fora, saibam vocês, a própria Escola Manoel Moreira da Costa, fará monólogos em fora de redação, só para dá, papinha em pires dourado aos velhos cronistas de futebol das tardes de domingo. Se tiver futebol no estádio Severiano Gomes, o maior lambedor de rapadura, botará pedaços de folhas dos eucaliptos na boca, e depois jogará fora, pronto para relinchar andando de quatro, arquejando pelo o Escrete do povo. Que os Josés, os Manés, os Paulinhos e Joãozinhos de hoje, possam amanhã, dá pelo menos um obrigado aos piolhentos do Escrete do Povo. E que Mário Santos, Clemildo Galdino e Duda Sobral, daqui à 100 anos, possam descansar no derradeiro apito da vida.


quarta-feira, 31 de maio de 2023

CRÔNICA DE MARIO SANTOS


ENCONTRO

O encontro foi marcado com os três. Às 17:00 horas, apenas 2 haviam chegado; Clemildo Galdino e o meu primo Garibaldi, como sempre pontuais. Em nossa espera por Duda Sobral, foi servido pão e vinho. O rapaz do carro do bolo brincou e fez a seguinte pergunta: "Cadê o Duda Sobral?". Agora, 17 horas e 35 minutos. Um cafezinho com pão doce? Aceitamos! Quando iniciamos o assunto, seleção brasileira, o gari, que um dia já fora o homem mais rico do mundo, pois já ganhou um picolé premiado, anunciou: "Duda Sobral acaba de chegar". Agora a rua 26 de Março no Mutirão, podia dizer o rei Zulu, somos os mais importantes do mundo". Alguns chicletes sobre a mesa, 3 ou 4 cachorros deitados na calçada em frente ao número 121.
O leiteiro ligou para o carteiro, e os 2 cantaram Benito de Paula, isso em honrarias a meu primo Garibaldi. 
O relógio marca 19 horas e 32 minutos. 
Quantas xícaras de café? Acredito que nem mesmo próprio Machado de Assis, sabe quantas xícaras de café Mário Santos, Clemildo Galdino, meu primo Garibaldi e Duda Sobral já tomaram. Eu quisera falar de notícias relacionadas a crimes, fui criticado; meu primo Garibaldi exclamou; Mário Santos, fale de futebol! Mais vinho, berrou Clemildo Galdino. Que horas são? perguntou o senhora na casa da esquina, do lado esquerdo, depois da casa de Mário Santos. Ora essa, estamos aqui para tomarmos café, e não vinho.
Quase 22 horas, às discussões sobre a família e futebol, foram vencidas, entramos na política, entramos e vos digo; entramos feito faca em melancia. 
Garibaldi, se você veio só para falar de futebol, vos digo, ó Nobre Garibaldi, desses com os burros n'água!
Se é que vocês me entendem.


CRÔNICA ESPORTIVA


NAQUELE JOGO

Eis a história:
Começa o jogo. 20 minutos do primeiro, o placar se encontrava morto, tão morto que os vivos dormiam em túmulos. De repente, o milagre aconteceu, não o milagre da multiplicação dos 5 pães e 2 peixinhos, foi bem maior. Os atacantes, que até então, não passava de uma Torres de Babel, falaram a mesma língua, e saiu o gol mais bonito do mundo, goleiro adiantado, bola por cima, e o grande momento do futebol (menos para o goleiro vitimado é lógico) e êxtase tomou conta das quatro linhas, um golaço. e Houve lágrimas de alegria, houve lágrimas de tristeza, naquele jogo. A partida esta quase no vim, e não houve mais o empate. O juiz pede a bola, aponta paro o meio de campo, acabou, 1 a 0. Os vencedores pareciam moleques, saltando, rindo e plantando Bananeira. Os perdedores, parados, hipnotizados, com se fossem antas empalhadas.



terça-feira, 30 de maio de 2023

CRÔNICA ESPORTIVA


ÚLTIMA CRÔNICA: 
ESTÁDIO SEVERIANO GOMES.

Lembro-me, dos nossos encontros nas tardes de domingo, eu ansioso, na espera do derradeiro apito. 
Já você (Estádio Severiano Gomes). feliz como criança em dia de aniversário, ou, menino pobre descobrindo o seu primeiro picolé premiado.
Aquele recinto esportivo, outrora já foi jardim das flores do muçambé, onde os pintassilgos felizes faziam faziam monólogos. Mas quis Deus, que a bola encontrasse casa, e nós ibirajubenses, divididos pelo o açude, pudéssemos  dá um drible na saudade, para alcançar a imortalidade de uma simples fotografia, do Estádio Severiano Gomes. Nosso campo municipal, têm a predestinação para fazer nossa gente sorrir e chorar, parecendo se uma simples cobrança de uma falta, ou talvez, um gol decisivo. No meu tempo de colégio Manoel Moreira da Costa, minha matemática, se resumia em contar os dias, ansioso para chegar o domingo. Domingo de jogo, ida perfeito para se chupar laranja nas sombras dos eucaliptos. Só você Estádio Severiano Gomes, é capaz de ouvir minhas confissões, e de maneira discreta, sussurrar 2 ou 3 linhas de minha última crônica. O tempo passou, e minha espera pelo o derradeiro apito chegou. Agora sem comprimidos antidepressivos, sem torcida, vendo às chuteiras penduradas na saudade, ofereço ao estádio Severiano Gomes, minhas últimas linhas frenéticas de agradecimento pela às tardes de domingo, que mesmo estando  triste, pude transmitir a alegria (nas narrações).
Talvez um dia, no último drible da vida, eu possa feito criança, no campo vazio chutar a bola, de uma barra para a oura, e em silencio, sair de Cena.


    



segunda-feira, 29 de maio de 2023

CRÔNICA ESPORTIVA

A DECISÃO

O MEU PSG e OS CALÁCTICOS farão a decisão do Futsal (02/6). O jogo será na sexta-feira dia de nossa feira livre, dia de caldo de cana com pão doce no meio da rua. Nesse dia, os jogadores dos 2 times (Meu PSG e Os Galácticos), não comerão nem beberão sem que, antes não rezem, gemam e clamem aos Santos. Será premonição? Não sei! Mas nessa hora vala tudo: galho de arruda, sal grosso e pelo de gato preto. Amigos, quando o Meu PSG e os Galácticos entrarem na quadra Manoel Evaristo Sobrinho, os quase 9 mil habitantes ibirajubenses estarão lá, buscando uma gravata, ou um chiclete, ou um lance de gol, só para presenciar a vida eterna de nosso Futsal. Meu PSG e Os Galácticos, farão a partida de futsal mais importante que uma namorada, mais glamorosa que uma bailarina Russa e, mais atraente que uma caneca de água com rapadura em pleno meio dia, ou coisa assim. Nós (torcedores), iremos assistir a imortalidade dos 2 times (Meu PSG e os Galácticos), e nessa bíblia do esporte ibirajubense, em outras encarnações, estará escrito em letras garrafais, dizendo: Aquele jogo, nos deu o céu e o inferno, mas todos viveram para todo o sempre. Para quem sabe quem foi ou conheceu Manoel Evaristo Sobrinho (Neco de Zé Gangarra), vos digo; se ele pudesse nos falar, com certeza diria, !Obrigado amigo, por tão lindo espetáculo esportivo!". Felizes serão esse 2 times: Meu PSG e os Galácticos, por darem às patricinhas e aos piolhentos de Ibirajuba, a tão gloriosa invenção de Deus, a alegria do mundo da Bola. E vos digo mais uma vez: Meu PSG e os Galácticos, desde já, nunca mais chegarão ao fim.  


sábado, 27 de maio de 2023

CRÔNICA ESPORTIVA.


"NA FINAL"
Da última grande guerra mundial para cá, o Bairro do Mutirão nunca viu tamanha glória igual a essa, o "Meu PSG tá na final do campeonato de Futsal. Sim, o time do Mutirão nos deu, paletó e gravata e pôs em nossa boca, um sorriso de orelha a orelha e isso foi como um sonho bom! Os moradores do nosso bairro (Mutirão), estão tão felizes, que são capazes de, pegarem os jogadores do "Meu PSG, e desfilarem com eles, em uma bandeja de rua em rua. Escutai, escutai oh Ibirajuba! O Mutirão, não têm apenas um time, não. O Meu PSG é a casa, a comida, uma entidade espiritual do nosso bairro. A classificação para a grande final, veio nos pênaltis, porque tudo para nós, é assim: na garra, no suor onde nossa alma geme, estrebucha até que venha a Glória. E que venha a grande final!!! Todos os moradores do bairro do Mutirão estarão lá na quadra torcendo, berrando e dando honrarias aos nossos atletas. Amigos: O Meu PSG tornou-se para nós do Mutirão: "Um amor que transcende a vida e a morte" e vai para o além do tudo, e de todos! Feliz é o Bairro do Mutirão que têm o Meu PSG para todo o sempre, amém! E eu, aqui na rua 26 de março (no Mutirão) enfim: tenho um time, que levarei na memória eternamente.


sexta-feira, 26 de maio de 2023

CRÔNICA DE MÁRIO SANTOS.

ESSÊNCIA
Há 20, 30 anos atrás, o futebol, tinha a essência do Bocage dentro e fora de campo. A malandragem, o juiz gatuno, e o torcedor que xingava até os deuses da grama verde. Eram personagens que davam um brilho paterno ao nosso futebol. O futebol no domingo, tinha o voto de aprovação até de Pero Vaz de Caminha. Se não fossem essas coisas, vinda do extra campo. Os chupadores de laranja, nunca teriam sido testemunhas das vírgulas e reticências catalogadas da pelada ao Pelé, e vos digo amigos, a apoteose futebolística, clama pela malandragem dos meninos que chegam no Estádio Severiano Gomes. Os centroavantes extraíam a a bola do adversário como se ela fosse um dente da boda de um vira-latas. O juiz ladrão era ovacionado pelo o time vencedor. Hoje, a modernidade têm um efeito como se fosse um bomba e em muita das vezes, em jogos com o placar de zero a zero o almirante desejou ser um grilo, ou um om Juan, ou um bêbado. Mas que nunca, tomemos um copo d'água, sem antes se fazer uma retrospectiva dos gols válidos na história de um clube, gols de mãos, gols de impedimentos. Esse era o tempero da farra da bola. Os ganhadores se achavam felizes por Deus, já os perdedores, se sentavam no chão, sentindo-se roubados. Essa é a essência do futebol, viver e sobreviver, do 8 aos 80, do preto no branco, ou vice-versa. A arte em forma de malandragem que dá cambalhotas na tecnologia satânica, do tudo certinho no futebol, um assassinato na fórmula da magia do esporte mais importante do homem primitivo. Até a chegada do tal do VAR.


 

quinta-feira, 25 de maio de 2023

CRÔNICA ESPORTIVA

ZERO A ZERO
O árbitro aponta para o meio do campo, fim de jogo.
Meu Deus! Zero a zero; 90 minutos (mais os acréscimos do árbitro) de bola rolando e ninguém mexeu no placar. Uma partida de futebol que termina sem gols, no mínimo chega a ser uma tragédia, e deviria haver uma punição rígida para os 22 infratores (jogadores). 10% a menos no salário ou coisa desse tipo.
Quando não se têm gols, a torcida sente-se num purgatório, na anti-sala do inferno. Zero a zero, é frustrante, melancólico, uma obturação de dentes a ponto cru. O grito de gol, volta para casa correndo na veias, podendo nos levar a um infarto fulminante.
Sei lá! Mas acho que o zero a zero, tinha que ser banido do futebol, se não saísse gols durante o tempo regulamentar da partida, o padre e o sacristão, os pastores, budistas, espíritas e ateístas seriam responsáveis por cobranças de pênaltis, até que houvesse um vencedor. O gol é sagrado, e quando não acontece, há uma profanação explícita que o maldito zero a zero fizera, diante daqueles inocentes olhos, que quase pulam da cara, na esperança de verem às redes balançarem.


quarta-feira, 24 de maio de 2023

CRÔNICA DE MÁRIO SANTOS

NO FUTURO

1, 2, 3 gatos... mais 5... não mais 10 gatos, perdi às contas.
Estou sentado em frente de casa, na Rua 26 de Março no Mutirão. O ano? 2070? Não importa, sou um velho que conta gatos, cochila na cadeira, e os mais afortunados, negam-me um bom dia, uma boa noite. 
Alguém diz: "O leiteiro ficou velho"; o pãozeiro passa apressado, outrora falamos de pães e bolachas e também jogamos resto de trigo para os peixes do açude. 
Hoje, os pardais das calçadas, se assombram mais comigo do que com os próprios gatos.
Sou um velho, esquecido dos homens, e amigo dos gatos da Rua 26 de Março no Mutirão. 


CRÔNICA ESPORTIVA


MONÓLOGO
Eis que minha Crônica Esportiva CHUTANDO A BOLA, saiu pelas ruas solitárias e sem chuteiras, parecia mais um drible de Mané Garrincha no Maracanã, num domingo à tarde com o estádio vazio. Tipo: uma voz que clama no deserto, um João Batista moderno, ou coisa assim. sei lá! Falei da Trindade esportiva de Ibirajuba (Clemildo Galdino, Mário Santos e Duda Sobral), no templo sagrado do futebol (Estádio Severiano Gomes), fiz petições, reclamei por gols. Amantes do futebol, olhem para os botecos, para às esquinas e cavernas, todos uivam, berram e dão cambalhotas, clamando pelo o futebol nas tardes de domingo. O próprio Mário Santos, escreveu 600 crônicas "CHUTANDO A BOLA!" só para louvar e exaltar o nosso futebol. Antes que Cabral chegasse em nossa terra tupiniquim, já  existiam profecias, aclamando o estádio Severiano Gomes. Vós ibirajubenses, dai glória, aos homens e às  mulheres que deixaram suas casas e foram escrever às Escrituras sagradas do nosso futebol, nas margens do açude. Bendito eles serão  para todo o sempre!!! E vos digo: Nós ibirajubenses, temos mais de meio século de vocação e intimidade com a bola e a Crônica CHUTANDO A BOLA! (Um monólogo) de Mário Santos,  deu vida ao nosso futebol. É uma pena que um dia quando Mário Santos morrer, tenhamos a sensação, que às multidões de Ibirajuba, se sintam  abandonadas, e sem uma luz. Na Crônica de Mário Santos, havia uma opinião decisiva, e andávamos de cabeça erguida. E todos eram reverenciados na primeira página dos jornais e revistas, das sombras dos eucaliptos.


 

terça-feira, 23 de maio de 2023

CRÔNICA ESPORTIVA


CHUTEIRAS VIVAS
Bem antes do início do jogo, e eis que está lá, às chuteiras calçando à todos. Do craque ao Perna-de-pau. Objeto sem vida que dá vida ao espetáculo esportivo o futebol. Fico imaginando às discussões suicidas e homicidas entre elas (as chuteiras). Umas acusadas de assassinarem canelas, matarem sonhos, usurparem tronos e títulos; outras em glória, no brilho dos olhos do artilheiro, no gol da vitória, no êxtase da conquista. Sejamos unânimes, e admitamos, são as chuteiras que conhecem os caminhos da batalha, da honra, do sangue, do suor, que morrem e ressuscitam no anonimato no silêncio. E sempre que são convocados pelo os guerreiros (jogadores) estão ali, prontas para mais um duelo. Onde irão viver e escrever mais uma vez, às páginas da história esportiva. Às gerações futuras dirão um dia das "Chuteiras Vivas". Elas foram às canetas que escreveram os arquivos do nosso futebol.


segunda-feira, 22 de maio de 2023

CRÔNICA DE MÁRIO SANTOS

A crônica do meu sentimento

QUE SAUDADE
Longe das luzes da cidade, o fogo de lenha aceso, o candeeiro quase se apagando. O café bem escuro, forte. Comemos um peixe na farinha.
A noite sem lua, só os vagalumes rasgando a negritude, no radinho de pilhas, o Show de Cládio Amaral na rádio Sociedade da Bahia. 
Deitado em uma rede, o cigarro de palha servia de companhia.
Quase não se tinha notícias de crime de morte e roubos, então andava sem medo.
Os conhecidos, se falavam, chupavam laranja no meio da feira. 
Como tudo era bom e simples, não havia tanga desarrumação na vida dos homens e mulheres.
Quando comprei o meu primeiro par de sapatos, eu já tinha quase 11 anos, foi um dia feliz.
Minha mãe chorou de alegria quando aprendi às primeiras vogais.
Que saudade tão feroz, que tempo inesquecível.
Se é que vocês me entendem.


CRÔNICA ESPORTIVA


TORCIDA, SUOR E SANGUE
No futebol não há meio termo, ou é 8 ou é 80. 
É espantoso ver, as loucuras que um torcedor apaixonado é capaz de realizar em um dia de jogo. Quando o seu time entra em campo, ele planta bananeiras, ele morte o escudo na camisa como se fosse um cão raivoso, e se preciso for, ele crucifica o próprio Cristo. Se o adversário abrir o placar, a camisa sua, sangra. Mais em uma jogada digna de Maná dos céus, o seu time sai do caos e empata a partida. O torcedor sai do anonimato e transforma-se em Alexandre (O grande), em seu cavalo Bucéfalo, Ele vibra, e reza um terço, dança se sentido Gene Kelly interpretando o filme "Cantando na Chuva". Aí bem ligeirinho, tem uma bola cruzada na área, ai vem à virada. Meu Deus, o sujeito vai ao céu, montado nas costas do diabo, e toca flauta com os anjos, lê o sermão da montanha e entrega sua alma ao seu time. E carregará em seu peito, cravado como se fosse um punhal, o nome e às cores do seu amor eterno. O seu clube de coração.


  

sexta-feira, 19 de maio de 2023

CRÔNICA ESPORTIVA


O PIONEIRO
Em outra ocasião, eu já falei de Clemildo Galdino. E agora, volto a falar  novamente. Amigos: Não há em toda Ibirajuba, alguém que tenha mais divulgado o nosso futebol, do que Clemildo Galdino. Graças a ele, seja no microfone ou nas mídias sociais, o nosso esporte está escancarando para o mundo inteiro . Houve um tempo, que nossos atletas andavam de quatro e viviam tomando suco de pedras, esquecidos nas cavernas. Então, Deus nos enviou Clemildo Galdino como se ele fosse um Moisés, ou um João Batista. Aí começou  aparecer a diferença  dos bípedes, para os centauros da terra das Gameleiras. Acho até que deveríamos fazer uma competição esportiva, com o nome de Clemildo Galdino, só assim, aqueles que babam a gola da camisa, botariam o Pioneiro em um Andor.... e desfilariam com ele pela às ruas e praças da cidade. Recorro agora a Petinha: Faça uma homenagem ao velho Clemildo Galdino, mesmo que seja em, um campeonato de cuspe à distância, ou, em uma corrida com sacos. E Digo mais  a  Petinha:  Nesse dia, até o Escrete do Povo fará  louvações  a você, com a Bola e às Chuteiras penduradas no pescoço. E às multidões de Ibirajuba, dirão: " O Pioneiro merece"!


quinta-feira, 18 de maio de 2023

CRÔNICA DE MÁRIO SANTOS

A crônica do meu sentimento

MINHA MIOPIA
Quando eu vi do Sítio Gavião, os pássaros ficaram lá, às árvores e às flores, se choraram eu não sei. Às pessoas morrem, os jornais e revistas, às esquecem. Talvez minhas crônicas, sejam um alento de um menino pobre, que nunca teve um bom perfume, e nem teve bons livros. Mas, se contentava com recortes de cadernos antigos. Me sinto feliz, porque Deus usou Clemildo Galdino (Ibirajuba Notícias) para publicar minhas letras garrafais e sinceras. Um dia quis ser jornalista, outro dia quis ser tono de uma fábrica de algodão doce. Aos 8 anos de idade, vi a primeira pessoa morta dentro de um caixão, que medo senti. Depois minha mãe morreu, e eu, tenho saudades até do vento que soprava seus cabelos. Quisera eu, poder voltar à 30, 40 anos atrás, e nas manhãs de domingo, e acordaria ao som do radinho de pilhas, no Programa "Roberto Carlos Especial". E sob o cheiro dos pendões do milho, eu me tornaria um Robson Crusoé depois do almoço.
Sé que vocês me entendem. 


quarta-feira, 17 de maio de 2023

CRÔNICA ESPORTIVA


DEPOIS

Depois de 4 dias de festa (Santo Isidro), o estádio Severiano Gomes sentou-se com os pés dentro do açude, lavou o rosto, tirou a gravata e se barbeou. Tomou um copo d'água, agradeceu a Deus e aos homens que vieram à sua casa. Depois, respirou fundo, pegou às chuteiras, beijou à Bola e clamou aos berros pelo o futebol. Deus nos livre, de mais uma semana sem futebol, sem gols, sem torcida. Dizem que tudo passa, menos a sede de Bola, das gargalhadas e relinchos do torcedor. O Estádio Severiano Gomes é assim, antes de escovar os dentes na água do açude, já quer cair novamente na folia do povo ibirajubense. E eu vos digo: No dia da volta do futebol, os quase 8 mil ibirajubenses, deixarão suas casas, só para darem papinha com banana prata ao velho estádio Severiano Gomes.


sábado, 13 de maio de 2023

CRÔNICA ESPORTIVA


GLAMOUR
Depois do derradeiro apito, o nosso Estádio Severiano Gomes, alcançou o estado de realeza. Desde ontem (11/5), que o campo municipal se veste para receber os ibirajubenses em sua casa. O monarca (Estádio Severiano Gomes), com seu espírito de humildade, no início da festa (De Santo Isidro), não usará gravata, ou um blazer, nem calça de linho e sapatos sociais, não!. Ele estará feito menino no colegial quando tira uma boa nota, abraçando todo os ibirajubenses e dizendo: "Vejam que festa! Nunca vista antes, nem na terra e nem nos céus. E cada um de nós, por mais cachorro que seja, dirá: Nunca! Até os antagônicos da nossa festa, estão imóveis, calados. Serão 4 dias de festa no estádio Severiano Gomes, e vos digo: A presente geração, que vivi esse momento, daqui à 200 anos, não beberá um suco de laranja, sem antes não falar na festa de Santo Isidro do ano 2023. O estádio Severiano Gomes, nos deu facas e garfos, para que em 4 noites de festa, comamos a alegria, como se fosse um sonho de valsa, ou de um tango, ou sei lá! 
Que provemos do Glamour do Estádio Severiano Gomes. 


quinta-feira, 11 de maio de 2023

CRÔNICA DE MÁRIO SANTOS

CONFUSO
A minha cabeça, faz redemoinho em dia de sol. Sou semente, escolhida pelo os dedos dos deuses da minha mente. Vivo pegando carona em cata-ventos, os meus sonhos vivem presos nos paralelepípedos. Em cada degrau da igreja matriz, deuses e semideuses julgam a minha alma. Anjos e demônios, nos dão aula de filosofia, se a pílula, é de tarja preta, faço escatologia no apocalipse, e o dragão do mar têm esmalte na unhas. Antes tarde, do que nunca. Ícaro do futuro, quintal se muro, muralhas da minha mente, faço o sinal da Cruz, do outro lado da calçada, menino chora, a democracia pede esmola. E minha inteligência escassa, na aula de matemática, descobriu que 5 mais 2 é igual a 8!.
Se é que vocês me entendem.


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