CRÔNICA DE MÁRIO SANTOS

 

Ponto, Vírgula e Reticências.

DITADORES

Minha alma imortal foi comparada a alma de um cachorro atropelado. Aonde? Vos digo! Num discurso rascunhado na capa de um livro de histórias do Brasil. 

Quem fizera? Um quadrupede, com status de nobreza, ele nem sabe que foi o astronauta de mármore, e nem quantas fases tem a lua. 

Mas embriagada com a política, deu-se ao luxo de dá aulas sobre a vida eterna. Ao término do seu monólogo, tive ânsia de vômito.

Tal sujeito, ainda nem alcançou um cargo, e já se encontra com uma sacola repleta de Eu, Eu, e Eu. Imagine um desalmado desses, com às chaves do céu se São Pedro lhe entregar.

E saibam, às urnas podem leva-lo ao cargo de novo deus.

Se é que vocês me entendem.