terça-feira, 4 de julho de 2023

CRÔNICA DE MÁRIO SANTOS

VOLTANDO PRA CASA

Muito melhor que beber um copo d'água quando se está com muita sede, é puder voltar pra casa. 
No caminho da volta, parar nas sombras da Jurema Preta, passar na bodega do vendedor que ainda hoje vende fiado. 
Quanta felicidade!
Conversar com os passarinhos, comer bolacha seca e tomar um bom café, depois um cigarro de palha para tirar a ansiedade.
Quando chegar em casa, quero sentar juntinho ao fogão de lenha, aliás, não se pode sentir a vontade de está em casa, sem que o fogo de lenha não esteja aceso.
Meu Deus! como eu sofri longe de casa. Sentir saudade do meu engraxate, e dos meus sapatos também, que pena, que minha mãe não está mais lá, meu pai agora distante.
Tudo dói muito, assim que eu chegar em casa, irei procurar o caderno das minhas anotações, quero saber, quando tempo faz que eu comprei meu realejo Pátria Formosa" e as datas das festinhas da escola.
Voltei para minha, tô em casa. Oxalá, eu só saio daqui, vencido pela força da morte.
Se é que vocês me entendem.


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