terça-feira, 28 de abril de 2020

GOVERNO LIBERA MAIS R$ 27 BILHÕES PARA PAGAR AUXÍLIO EMERGENCIAL A INFORMAIS E OUTROS TRABALHADORES.

Suplementação foi necessária para atender as quase 16 milhões de pessoas não previstas nos cálculos iniciais do programa.
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O Governo Federal disponibilizou mais R$ 27 bilhões para o pagamento do auxílio emergencial de R$ 600 aos trabalhadores informais, autônomos desempregados e microempreendedores durante a pandemia do novo coronavírus. O aporte foi liberado ao Ministério da Cidadania por meio de uma Medida Provisória (MP) e se soma aos R$ 98 bilhões previstos no início do programa.

De acordo com o governo, a ampliação no orçamento é necessária, porque o número de pessoas que terá direito ao benefício saltou de 54 milhões — quando no anúncio do programa — para 70 milhões de pessoas. Isso quer dizer que a cada três brasileiros, um deverá receber o auxílio, que será concedido por três meses. 

O ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, afirmou que não vai faltar recurso para garantir o benefício e que as pessoas podem se tranquilizar, pois ainda há tempo de se cadastrarem para receber o auxílio. 

“Junto com as pessoas do Cadastro Único e do Bolsa Família, nós devemos atingir mais de 70 milhões de brasileiros, que vão ser assistidos pelos próximos 90 dias. Esse é um esforço superior a R$ 100 bilhões. Com tranquilidade, esses recursos estão disponíveis por 90 dias. As pessoas podem se cadastrar até dois de julho. Uma vez encontrado, o cidadão vai receber as três parcelas a que tem direito”. 

Criado para minimizar o impacto econômico causado pela pandemia do coronavírus, o auxílio emergencial é voltado para trabalhadores informais, microempreendedores individuais (MEI), autônomos e desempregados. Além disso, os brasileiros inscritos no Cadastro Único e no Bolsa Família e que atendem as regras do programa, também vão receber o dinheiro. 

De acordo com a Caixa Econômica Federal, responsável pelos pagamentos do benefício, mais de 39 milhões de pessoas já receberam a primeira parcela do auxílio até esta segunda-feira (27/3). Desde o início do programa, o banco já creditou cerca de R$ 28 bilhões. 

Ao todo, o site e aplicativo do auxílio finalizaram 48,4 milhões de cadastros. A Caixa não informa qual a porcentagem desses foi aprovada. Há, ainda, cerca de 51 milhões de pessoas inscritas no Cadastro Único, entre eles os integrantes do Bolsa Família, que são elegíveis ao benefício. 

Onyx Lorenzoni afirmou que o governo trabalha para conter a crise em todos os setores da sociedade, dividindo as atenções entre a saúde e o bolso dos brasileiros. 

“Nós temos que proteger, no presente, a vida das pessoas, mas temos que pensar no futuro imediato, porque fome, miséria e desemprego matam tanto ou mais do que a própria epidemia. Estamos ajudando as famílias, as pessoas que o estado nunca ajudou, atender os informais, que nunca pegaram um centavo do estado e estimular que, com responsabilidade, de maneira gradual, as prefeituras soltem as atividades econômicas nas cidades”. 

Para receber o auxílio de R$ 600 por três meses, a pessoa deve ser maior de 18 anos, não ter emprego formal, e a renda familiar, por pessoa, não pode ultrapassar R$ 522,50 ou, somando todos os rendimentos mensais da família, até R$ 3.135,00. Duas pessoas da mesma família podem receber o benefício e, nas famílias em que a mulher seja a única provedora, o valor dobra para R$ 1200,00.
Fonte: Agência Rádio Mais.

BRASIL TEM MAIS DE 4,5 MIL MORTES POR CORONAVÍRUS; CASOS CONFIRMADOS CHEGAM A 66.501

Ministério da Saúde ressalta que é difícil projetar um único pico da doença no país.
Reportagem: Thiago Marcolini.
Áudio


O Ministério da Saúde atualizou os números do coronavírus no Brasil nesta segunda-feira (27). De acordo com a pasta, o país soma 66.501 casos confirmados de Covid-19, e 4.543 mortes. Em 24 horas, houve 4.613 novos registros da doença, e 338 óbitos. 

A região Sudeste concentra quase 50% do total de registros confirmados no Brasil – são 33.022 casos. Só no estado de São Paulo, há mais de 21 mil casos de Covid-19, além de 1.825 mortes. 

O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Wanderson Oliveira, destaca que as diferentes características das regiões brasileiras e o fato do coronavírus não ter uma série histórica dificultam a projeção do pico da doença no Brasil. 

“Nós temos um país com diversidades e características muito diversas. Historicamente, a região Norte do Brasil, tem um padrão de transmissão de vírus respiratório nos meses de março e abril. Na região Sul-Sudeste, temos maio e junho como os meses de maior frequência. Por que a gente sempre fala nos vírus respiratórios? Porque é o único que nós temos como referência. O vírus Covid não circulava, nós não temos uma série histórica para que a gente possa projetar o padrão dessa nova doença”

No Nordeste, o Ceará é o líder de casos confirmados. São 6.726 e 390 mortes. Já no Amazonas, na região Norte, o número total de pessoas contaminadas pelo coronavírus é de 3.928, além de 328 óbitos. 

A taxa de letalidade no Brasil, ou seja, o número de mortes pelo total de casos, é de 6,8%. Amazonas, Paraíba, Pernambuco e Rio de Janeiro apresentam taxa maior do que a média nacional. 

O ministro da Saúde, Nelson Teich, destaca que pode haver diferentes medidas de retorno às atividades no Brasil, dependendo da situação de cada localidade. Teich lembra, no entanto, que todas as ações adotadas devem ser embasadas em informações adequadas. 

“O Brasil é um país heterogêneo. Certamente a gente vai ter medidas diferentes em várias regiões do país. Uma coisa que a gente não pode esquecer são os serviços essenciais. Temos que trabalhar toda a parte da sociedade, mas também tem que ter sempre um detalhamento dos serviços essenciais, daquilo que é fundamental para o dia-a-dia das pessoas. Ninguém vai incentivar medidas que restrinjam a contenção sem informação adequada”. 

De acordo com o Ministério da Saúde, 86% dos óbitos tem investigação concluída. Das vítimas da Covid-19, 69% eram acima dos 60 anos, e 67% apresentavam pelo menos um fator de risco. 
Fonte: Agência Rádio Mais. 

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segunda-feira, 27 de abril de 2020

CLUBES DE SANTA CATARINA PROJETAM RETORNO AOS TREINOS E FINAIS DO ESTADUAL ATÉ 7 DE JUNHO.

Futebol pode ser retomado a partir do feriado de 1 de maio.
Reportagem: Thiago Marcolini

Áudio


Reportagem
O futebol em Santa Catarina pode ser retomado a partir do feriado de 1 de maio. O estado está abaixo da média nacional de número de casos confirmados da covid-19, são 1.235 em todo o território catarinense, segundo os dados mais recentes do Ministério da Saúde. O comércio já foi reaberto em alguns locais do estado, como em Blumenau, onde shoppings estão funcionando. 

Os clubes planejam o retorno às atividades o mais rápido possível. A ideia é voltar aos treinos na próxima sexta-feira (1/5) e retomar os jogos duas semanas depois, dia 16 de maio. Inicialmente, deverá haver protocolo de saúde a ser seguido e estádios vazios. 

O Campeonato Catarinense de futebol tem dez clubes, que ao todo necessitam de seis datas para definir a competição. Tubarão e Concórdia vão definir quem será rebaixado. As quartas-de-final vão ter os duelos entre Avaí e Chapecoense, Marcílio Dias e Criciúma, Brusque e Joinville, e Figueirense e Jaraguá do Sul.
Fonte: Agência Rádio Mais.

POLICIA FEDERAL ALERTA PARA GOLPE QUE PROMETE DESBLOQUEIO E APROVAÇÃO DO AUXÍLIO DE EMERGENCIAL DO GOVERNO.

O golpe pede para que a pessoa forneça informações pessoais, como nome, data de nascimento e telefone.
A Polícia Federal (PF) lançou um alerta para um novo golpe que circula em redes sociais, como o WhatsApp e o Facebook, que prometem desbloquear o dinheiro do auxílio emergencial imediatamente. Segundo a PF, a mensagem começou a ser difundida na semana passada, mirando as pessoas que estão com restrições e pendências nos cadastros para receber o auxílio emergencial, benefício no valor de R$ 600 destinado a trabalhadores autônomos, informais e microempreendedores individuais (MEIs) devido à pandemia do novo coronavírus

O golpe pede para que a pessoa forneça informações pessoais, como nome, data de nascimento, telefone, se é trabalhador informal, MEI ou contribuinte do INSS e se deseja fazer o saque em casa lotérica ou depósito em conta. A mensagem também conta com relatos de quem supostamente teria conseguido liberar o valor do auxílio e com as logomarcas do Governo Federal e da Caixa Econômica Federal. 

A pessoa ainda é incentivada a compartilhar o link. Por fim, a vítima é direcionada a preencher cadastro com CPF, endereço, RG, número e senha da conta corrente. De acordo com a PF, alguns links do golpe já foram bloqueados.

VEJA DICAS DA POLÍCIA FEDERAL DE COMO SE PROTEGER DE GOLPES:

1. Ao receber uma mensagem deste tipo, desconfie sempre antes de clicar nos links compartilhados no WhatsApp ou nas redes sociais.

2. São compartilhe links duvidosos com seus contatos sem antes saber se são autênticos - você pode estar sendo usado por bandidos para espalhar o golpe e prejudicar outras pessoas, inclusive seus parentes.

3. Cuidado compartilhe links duvidosos com seus contatos sem antes saber se são autênticos - você pode estar sendo usado por bandidos para espalhar o golpe e prejudicar outras pessoas, inclusive seus parentes.

4. O desbloqueio e aprovação imediata do auxílio emergencial é falsa porque somente a Caixa Econômica Federal e a Dataprev podem fazer a avaliação, aprovação e debloqueio dos cadastros das pessoas que tem direito ao benefício do auxílio emergencial;

5. Nenhum órgão do governo federal se comunica solicitando dados e informações dos seus beneficiários ou servidores através de links via WhatsApp; 

6. Certifique-se no site oficial da empresa ou governamental sobre a veracidade do que está sendo oferecido, principalmente quando se tratar de supostas promoções, ofertas de dinheiro, brindes, descontos ou até promessas de emprego. Nesse caso, a Caixa Econômica Federal, já esclareceu e alertou que são falsas as informações do link acerca da aprovação imediata do auxílio emergencial; 

7. Nunca preencha nenhum cadastro, formulário ou pesquisa fornecendo seus dados financeiros ou pessoais através de links enviados pelo WhatsApp, tais como :* senha de bancos, cartão de crédito e do benefício do INSS dentre outros; 

8. Só faça o cadastro para receber ou liberar o auxílio emergencial no site oficial da Caixa Econômica Federal: www.caixa.gov.br ou nos aplicativos baixados em lojas oficiais das empresas fabricantes dos celulares da Apple (App-Store) e da Samsung (Play-Store);

9. Não acesse nenhum site que se diga da Caixa Econômica Federal, sem constar as terminações .gov.br; 

10. Ao entrar na página da Caixa Econômica Federal verifique se existe um cadeado cinza no canto superior esquerdo da página – isso atesta que sua conexão não foi interceptada e que o site está criptografado para impedir golpes; 

11. Links que levem direito ao cadastro deve ser https://auxilio.caixa.gov.br/#/inicio, ou seja tem que haver o HTTPS onde o “S” corresponde a uma camada extra de segurança; 

12. Não marque nenhum agendamento para que pessoas compareçam em sua residência sob o pretexto de fazer uma consulta presencial, bandidos podem se aproveitar dessa situação para se passar agentes de saúde e realizar assaltos; 

13. Nunca baixe programas piratas para o celular ou computador, tais sites costumam ter a maior concentração de vírus; 

14. Instale um bom antivírus em seu celular ou computador e tenha o sistema operacional do seu celular e computador atualizados.
Fonte: JC

domingo, 26 de abril de 2020

UM GRANDE PERCA PARA A CULTURA PERNAMBUCANA: MORREU RICARDO BRENNAND, VÍTIMA DE CORONAVÍRUS.

Empresário criou o Instituto Ricardo Brennand, na Várzea, um dos pontos turísticos mais visitados do Estado. Ele faleceu em consequência do novo coronavírus, aos 92 anos.
O empresário Ricardo Brannand, faleceu neste sábado, 25 de abril de 2020, aos 92 anos, em decorrência de complicações causadas pelo Covid-19. Ele estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Real Hospital Português, localizado na área central do Recife, há uma semana. O corpo do empresário foi foi cremado no crematório Morada da Paz, em Paulista.

sexta-feira, 24 de abril de 2020

REPERCUSSÃO DA SAÍDA DE SÉRGIO MORO DO MINISTÉRIO.

Após a anuncio da saída de Sérgio Moro do ministério, alguns políticos se manifestaram através da redes sociais.
FERNANDO HADDAD (Foi candidato a presidência)
"Trágica ironia: Moro é obrigado a reconhecer a autonomia dada pelos governos petistas à PF para armar contra o Lula e pavimentar a vitória de Bolsonaro. Bolsonaro engoliu o Moro e a PF. Centrão decide sustentar Bolsonaro e impedir o afastamento".

JOÃO DORIA (Governador de São Paulo)
"O Brasil perde muito com a saída de Sérgio Moro do Ministério da Justiça. Moro mudou a história do País ao comandar a Lava Jata e colocar dezenas de corruptos na cadeia. Deu sinal de grandeza ao deixar a magistratura, para se doar ainda mais ao nosso País como ministro.

HENRIQUE MANDETTA (Ex-Ministro da Saúde)
"O Trabalho realizado sempre foi técnico. Durante a epidemia trabalhamos mais próximos, sempre pensando no bem comum. Parabéns pelo trabalho Sérgio Moro. O País agradece! Outras lutas virão!"

MARCELO FREIXO (Deputado Federal-RJ)
"São muitos os crimes da família Bolsonaro: milícia, defesa do AI-5, laranjal... Moro nunca ligou. Tolerou a corrupção e humilhações em nome de seu projeto pessoal de poder. Agora ele sairá do governo em nome de suas ambições políticas, não por um arroubo ético, que nunca teve.
Moro implodiu o governo Bolsonaro. Afirmou que o presidente quer controlar a PF para deixar impunes os crimes da família e para atacar a Democracia e o Estado de Direito".

KIM KATAGUIRI (Deputado Federal)
"Moro afirmando que nem durante governo petista houve tamanha interferência na PF. Compromisso de Bolsonaro não é com combate à corrupção, é em proteger a própria família e blindar seus novos aliados, parlamentares corruptos e fisiológicos".

GUILHERME BOULOS (Foi candidato a presidência)
"Um governo de milicianos, que acoberta laranjas e negocia cargos com o centrão. Esse é o legado de Moro e da Lava Jato".

JANAINA PASCHOAL (Deputada Estadual-SP)
Por óbvio, pelo país, eu preferiria que o Ministro Moro ficasse. No entanto, compreendo suas razões e reitero meu incondicional apoio a ele. O Ministro provou todo seu valor na Magistratura e também na Pasta. Por breve período, o Brasil não teve um advogado do Presidente no MJ.

CARLA ZAMBELLI (Deputada Federal)
"Sinto muito pela saída de Sérgio Moro do Governo. Não só por ser meu padrinho de casamento, mas principalmente pela sua conduta exemplar de cidadão, juiz e Ministro. Sempre terá minha profunda admiração, bem como a gratidão de todos os brasileiros. Obrigado Moro".

MANUELA DAVILA (Foi candidata a Vice-Presidente na Chapa de Haddad).
"Eu sei que a tentação de falar sobre Moro é grande entre nós que sabemos quem ele é. Mas o assunto é a troca da PF. Por que Bolsonaro trocou? O que ele quer esconder? Afinal, só há a saída de Moro por conta disso".

JOICE HASSELMANN (Deputada Federal)
"Esperando a reação histérica dos Bolsominions, bolsogados e bolsoburros. Cadê os deputados da bancada do capacho q lambem as botas de JB, q sempre bateram bumbo para Moro para pegar uma beirinha de popularidade? Moro disse quem é Jair Bolsonaro E? Que silêncio barulhentol, hein".

FLÁVIO DINO (Governador do Maranhão)
"Moro, infelizmente, confessa mais uma ilegalidade: pediu pensão ou algo similar pra aceitar um cargo em comissão. Algo nunca antes visto na história. E tal condição foi aceita ? Não posso deixar de registrar o espanto".

WILSON WITZEL (Governador do Rio de Janeiro)
"Assisto com tristeza ao pedido de demissão do meu ex-colega, o Juiz Federal Sergio Moro, cujos princípios adotamos em nossa vida profissional com uma missão: o combate ao crime. Ficaria honrado com sua presença em meu governo porque aqui, vossa excelência, tem carta branca sempre".

OLAVO DE CARVALHO
"A cultura política do juiz Moro foi sempre deficiente. Ele nunca entendeu nada das situações em que se envolvia, e nunca teve a humilde iniciativa que me pedir que as explicasse".

SERGIO MORO ANUNCIA DEMISSÃO DO MINISTÉRIO DA JUSTIÇA E DEIXA O GOVERNO BOLSONARO

Moro disse que Bolsonaro queria ter acesso a informações e relatórios confidenciais de inteligência. 
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, anunciou a demissão nesta sexta-feira (24). O ex-juiz federal deixa a pasta após um ano e quatro meses no primeiro escalão do governo do presidente Jair Bolsonaro

A demissão foi motivada pela decisão de Bolsonaro de trocar o diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, indicado para o posto pelo agora ex-ministro. A Polícia Federal é vinculada à pasta da Justiça. 

Ao anunciar a demissão, em pronunciamento na manhã desta sexta-feira no Ministério da Justiça, Moro afirmou que disse para Bolsonaro que não se opunha à troca de comando na PF, desde que o presidente lhe apresentasse uma razão para isso. 

"Presidente, eu não tenho nenhum problema em troca do diretor, mas eu preciso de uma causa, [como, por exemplo], um erro grave", disse Moro. 

Moro disse ainda que o problema não é a troca em si, mas o motivo pelo qual Bolsonaro tomou a atitude. Segundo o agora ex-ministro, Bolsonaro quer "colher" informações dentro da PF, como relatórios de inteligência. 

Moro fez uma comparação da situação com o período em que conduziu os processos da Operação Lava Jato como juiz: "Imaginem se durante a própria Lava Jato, ministro, diretor-geral, presidente, a então presidente Dilma, o ex-presidente, ficassem ligando para o superintendente em Curitiba para colher informações sobre as investigações em andamento?", questionou. 

Segundo Moro, a autonomia da Polícia Federal "é um valor fundamental que temos que preservar dentro de um estado de direito”. 

De acordo com o relato de Moro, ele disse a Bolsonaro que a troca de comando na PF seria uma interferência política na corporação. Ele afirmou que o presidente admitiu isso.  

O agora ex-ministro contou que Bolsonaro vem tentando trocar o comando da PF desde o ano passado. 

"A partir do segundo semestre [de 2019] passou a haver uma insistência do presidente na troca do comando da PF.

Moro afirmou que sai do ministério para preservar a própria biografia e para não contradizer o compromisso que assumiu com Bolsonaro: de que o governo seria firme no combate à corrupção. 

"Tenho que preservar minha biografia, mas acima de tudo tenho que preservar o compromisso com o presidente de que seríamos firmes no combate à corrupção, a autonomia da PF contra interferências políticas", declarou. 

Moro afirmou ainda que ao contrário do que aparece no "Diário Oficial", ele não assinou a exoneração de Valeixo, nem o diretor-geral da PF pediu para sair. 

Na publicação, consta a assinatura do então ministro e a informação de que Valeixo saiu "a pedido". 

Moro também disse que, quando foi convidado por Bolsonaro para o ministério, o presidente lhe deu "carta-branca" para nomear quem quisesse, inclusive para o comando da Polícia Federal. No anúncio, Moro chegou a se emocionar e a ficar com a voz embargada. 

Foi quando ele disse que havia pedido ao presidente uma única condição para assumir cargo: que sua família ganhasse uma pensão caso algo de grave lhe acontecesse no exercício da função. 

"Tem uma única condição que coloquei. Eu não ia revelar, mas agora isso não faz sentido. Eu disse que, como estava saindo da magistratura, contribuí durante 22 anos, pedi que, se algo me acontecesse, que minha família não ficasse desamparada", disse Moro.
Fonte: G1.

COM A APROVAÇÃO DE PLP 34/20, INDUSTRIAS DE CIMENTO E FARMACÊUTICA TEMEM DESABASTECIMENTO NO PAÍS.

Texto obriga que empresas com patrimônio de R$ 1 bilhão ou mais emprestem dinheiro ao governo para pagamento de despesas urgentes.
Reportagem: Paulo Henrique

Áudio
O Projeto de Lei Complementar 34/2020, que propõe a destinação de até 10% do lucro das empresas com patrimônio superior a R$ 1 bilhão a empréstimos compulsórios, está em discussão na Câmara dos Deputados. Na prática, a proposta estabelece que as empresas serão obrigadas a emprestar dinheiro ao governo federal, com devolução do valor nos anos seguintes. O objetivo, segundo o texto, é atender as despesas urgentes causadas pela situação de calamidade pública em função da pandemia de covid-19. 

Para o presidente da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), Paulo Camillo Penna, a aprovação da medida pode gerar consequências graves para o setor produtivo do país porque engessa ainda mais o orçamento das empresas, independentemente do porte. 

“A ideia que um depósito compulsório atingiria apenas a grande empresa é um enorme equívoco. O setor produtivo através das micro, pequenas, médias e grandes empresas trabalha de forma articulada”, afirma. 

“Caso fosse aprovado esse indesejado depósito compulsório, isso poderia significar uma enorme redução da nossa capacidade de resistência e de reversão desse quadro tão negativo que já enfrentamos”, lamenta Penna. 

Em nota, a Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma) considera que o PLP 34/20 “prejudicará os laboratórios farmacêuticos de pesquisa, bem como toda a indústria, que nesse momento realiza grandes esforços para manter a produção e os empregos, além de amplos investimentos na busca por tratamentos seguros e eficientes contra o novo coronavírus”. A entidade pontua ainda que o impacto provocado pela medida “pode gerar consequências à produção e ao abastecimento de medicamentos”.  

ENTENDA
Entre outros pontos, a proposta estabelece que empresas com patrimônio líquido igual ou superior a R$ 1 bilhão na data de publicação da norma estarão sujeitas ao empréstimo compulsório. O governo federal pode cobrar até 10% do lucro líquido informado nos últimos 12 meses. Pelo texto, o Ministério da Economia será o responsável por definir o percentual de cobrança de cada setor econômico. 

Em contrapartida, o PLP 34/2020 prevê que os valores sejam restituídos às empresas em até quatro anos, contados a partir do fim da situação de calamidade pública em função do coronavírus. 

A especialista em finanças Catharina Sacerdote, formada em Gestão de Pequenas e Médias Empresas, considera que o projeto pode impactar nas riquezas geradas pelo país nos próximos anos e na entrada de investimentos estrangeiros. 

“Sem dúvidas, os aspectos negativos dessa decisão pode ser o agravamento do capital de giro das empresas, que é utilizado para custear as folhas de pagamento e os investimentos em produção. Nós podemos ter também um impacto na produtividade dessas empresas, que vai impactar na medição do PIB brasileiro”, salienta. 

Caso seja aprovado pelos deputados, o PLP 34 ainda precisa do aval do Plenário do Senado e da sanção do presidente Jair Bolsonaro para começar a valer. 

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