sexta-feira, 25 de fevereiro de 2022

CRÔNICA DE MÁRIO SANTOS

Ponto, Vírgula e Reticências...
Uma e meia da manhã, acordei, o silêncio era demasiadamente espantoso. Parece-me que os grilos não cantam mais.
O guarda noturno, que antigamente usava um apito para profanar o sossego, agora e copeiro-mor do psicanalista que um mês atrás tentou suicídio, comendo moscas em um copo de suco sabor tutti-frut. 
Quando mais longa a noite ficava, mais vontade dava-me de sair de galochas brancas, sem roupas e nem documentos, e na esquina mais próxima, fumar um cigarro fajuto e comer um bife acebolado.
Fazer versos com meia dúzia de vagabundos, ouvir o blá, blá, blá, e ensinar alguns etc. e tal. 
E se o sol ameaça a se acordar, no copo de uísque falso, dormirei ouvindo os conselhos do picareta que somou a conta. 


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