quarta-feira, 26 de outubro de 2022

CRÔNICA DE MÁRIO SANTOS

 
A crônica do meu sentimento
LIVRE
Hoje ao meio dia em ponto, tomei os 2 últimos comprimidos no combate à pressão alta, ou seja, meu exílio acabou.
Mas, o sal, a farinha e a rapadura negaram-me a carta de alforria.
Deus me livre, do caldo de cana com pão doce, serviam de purgatório para os anticristos, em minha ladainha vespertina, ou seja, seria uma antecipação das velas do pós graduação da morte. Escovar os dentes três vezes ao dia, cortes e recortes de jornais, plano funerário, domingos de futebol e missas. 
Eis a verdade. A vida é uma sexta-feira, onde meia dúzia de bananas, têm mais status que o Rei britânico. 
E o ano mais é, que 12 fatias de meses, e às borboletas dão honras as flores que perfuma a morte.
Dois comprimidos, que me foram hóstias, e no final, voltei a comer paralelepípedos com tapioca, ao som da banda de pífanos do Alto de São Francisco.
Se é que vocês me entendem.   


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