segunda-feira, 17 de outubro de 2022

CRÔNICA DE MÁRIO SANTOS

A crônica do meu Sentimento

PAPA-ANGU
Meias na mão, calças do pai, máscaras de papelão, menino papa angu, nas ruas de Ibirajuba.
Ivan Horácio de Andrade (Ivan de João Timóteo); Manoel Evaristo Sobrinho (Neco); Marcelo de Luiz Onça e eu. Rua acima, rua abaixo, pedindo um dinheirinho. Aviso (Ivan nos avisava) todo canto a gente vai, menos na bodega de Seu França, o velho França era temido até pelos os assustadores Papa-angus. 
Quanta nostalgia. Que saudade de Ivan e Neco. Parece que tudo foi ontem. 
Me dê um dinheirinho aqui, me dê um dinheirinho acolá, até chegar na casa do Senhor Miguel Paulo, ali sim, se tinha alegria. Ele nos dizia logo "Todo mundo vai ganhar dinheiro, agora tem que tirar a máscara". Quando obedecíamos sua ordem, era um verdadeira festa, o doce e água rolava.
Que coisa linda, éramos felizes, e a vida era um jardim do Éden.  
E foi assim, os meninos papa-angu.
Se é que vocês me entendem.  



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