sábado, 23 de outubro de 2021

O ÚLTIMO TROPEIRO

Poema de Mário Santos
Estala o relho.
São Burros que vão, são burros que vem.
De Luiz a Zé, muitas léguas tem.
Estrada longa, estrada comprida
da garapa a rapadura já se foram tantas lidas
Na chuva, na poeira, na lama e no sol
porque Deus assim quis
passo a passo vai, seguindo o seu caminho feliz
Engenho de Nozinho, minha doce Imperatriz.
Tropeiro, adeus velho tropeiro
Se hoje é o último, um dia já foste o primeiro.
Adeus Chá preto, adeus Buliana.
seus nomes já foram escritos no moído da cana...

Poema de Mário Santos homenageando JOSÉ GONÇALVES DE ANDRADE ou simplesmente ZÉ DE LUIZ LÉO, que desde a sua infância negocia comprando e vendendo rapadura, profissão que ele aprendeu e herdou do sei pai, o Senhor Luiz Léo. Ele sai do sítio Maniçoba na Zona Rural de Ibirajuba com uma tropa de burros para ir comprar Rapadura na zona da mata. Após a morte de Luiz Léo, o seu filho continuou. Até os dias de hoje Zé de Luiz Léo como é conhecido continua indo e vindo.

Imperatriz: Marca de Rapadura produzido pelo Engenho de Nozinho na zona da mata.
Chá Preto e Buliana: Nome dos burros de Zé de Luiz Léo.
Mario Santos.

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